sábado, 8 de setembro de 2012

O Meio Ambiente

 

 

Em meio ao movimento "Veta Dilma", ambientalistas que nunca criaram um boi ou plantaram um pé de feijão, são radicais no tocante à abertura de áreas para as atividades agropecuárias. Por outro lado, fazendeiros, madereiros, mineiros, invasores, índios e outros são apontados como desmatadores e destruidores de nossas florestas.
 
À margem, os políticos com suas soluções que visam agradar a grande maioria que está inserida nas atividades econômicas e cujas riquezas são oriundas da exploração da terrra e de seus recursos naturais, elaboraram um Novo Código Florestal, mas o interesse maior não é o Regulatório e sim anistiar os autores dos crimes ambientais cometidos para  execução de suas atividades econômicas.
 
No centro de tudo, diversos órgãos públicos criados para dar cumprimento à Lei na proteção e preservação do meio ambiente, são  vistos com descrédito. Por toda parte e nas três esferas, municipal, estadual e federal, denúncias e mais denúncias sobre práticas de corrupção. Há sempre alguém recebendo propina para conceder licença ambiental para construção de "A" ou "B". Numa verdadeira reserva de mercado, técnicos ambientalistas criam nessas instituições instruções normativas difíceis de serem atendidas.
 
O direcionamento para a elaboração de projetos e pareceres técnicos é vergonhoso. Nas cidades, o interesse das construtoras e imobiliárias fala mais alto e vereadores criam ou modificam planos diretores de maneira a permitir o crescimento desordenado da urbe. Debaixo dos panos são feitos acordos espúrios e quem amarga as consequências é toda a população.
Em São Paulo, alto comissionado da Prefeitura é acusado de ter adquirido mais de uma centena de imóveis. Suspeita-se, com dinheiro de propinas. Em Goiânia, vereador denuncia o trâmite de projeto de lei oriundo do Executivo e que cria condições específicas, em área de propriedade privada, para implantação de determinado projeto assegurando ainda a isenção de tributos por uma década. O único beneficiário será o proprietário que verá a valorização astronômica de seu imóvel sem que para isso necessite contribuir para o erário.
 
No meio urbano, além da falta de água tratada em grande parte dos municípios, a ausência de esgoto sanitário e pluvial nem se fala. A falta de aterros sanitários e coleta seletiva  do  lixo é um problema sobre o qual existe uma "caixa preta". Alguns exemplos de cooperativas  de trabalhadores atuando na separação entre lixo orgânico e material reciclável, não estimulou a grande maioria de prefeitos que continuam depositando o lixo em qualquer lugar. E mais lixo vem por aí, produzido pelas novas classes sociais, que à medida que veem aumentar seu poder aquisitivo, adotam o perdulário hábito de consumo das classes mais altas. Portanto, põe lixo nisso!
 
Para não dizer que esquecemos os produtores rurais, é irrisória a sua participação no cuidado com o uso de defensivos agrícolas e com a devida devolução das embalagens nos postos de recolhimento (quando eles existem). Dizimação de florestas e queimadas é um assunto tão vasto que merecerá um tratamento especial em outra oportunidade. Mas, antecipando alguma informação: no Mato Grosso as queimadas são realizadas justamente naqueles dias mais nublados para mascarar a fiscalização por satélite, e assim, a multa nunca vem.
 
Deixo  espaço para que vocês falem também!
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