Por mais de sessenta dias estive ausente das páginas do blog.
Explico: uma descrença tomou conta de mim. Fiz uma retrospectiva de minha vida desde os tempos de jovem e político estudantil, idealista, crente no futuro do Brasil, crente em dias melhores para o nosso povo. Crente até em políticos.
Vivi a construção de Brasília, participei do movimento dos estudantes em prol da eleição de Juscelino como senador por Goiás. Recebemos Jânio Quadros com a esperança de vê-lo com a sua vassoura varrer o Planalto e os porões do Brasil.
Lembro-me ainda de acompanhar comícios do Mauro Borges, dos movimentos de resistência contra a “ditadura militar” e a intervenção federal em Goiás. Da preocupação com o golpe contra Jango Goulart e logo a seguir o Parlamentarismo.
Lembro dos tempos duros e hoje tenho consciência que foram necessários, ao afirmar isso não significa dizer que estou de acordo com os excessos que alguns praticaram. Sobre os comunistas e falsos idealistas vou deixar que o Deputado Bolsonaro cumpra essa tarefa.
E veio a redemocratização com o movimento Diretas Já e ainda a tristeza que vivemos naqueles dias que antecederam o falecimento de Tancredo Neves. E logo a seguir o "salvador da pátria", esse sim um grande raposão e aproveitador de nome José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, cognome “José Sarney” e seu milagroso ministro Dilson Funaro (que Deus o tenha).
Acreditei tanto nesse Sarney e no seu Plano Cruzado que me tornei um “Fiscal do Sarney”. Nesse tempo morava em Morrinhos-Goiás e cheguei a comandar reuniões com voluntários “fiscais do Sarney”, encontros devidamente registrados em atas lavradas com a seriedade que a ocasião exigia.
A seguir o desastre “Collor”, o Caçador de Marajás, graças a DEUS não votei nele. No entanto dei meu voto e depositei minhas esperanças no sapo barbudo do ABC e fiz isso outras vezes até vê-lo Presidente do Brasil.
A partir daí, decepção uma atrás da outra. Acompanhando o noticiário político vi o Lula fazer pior que todos os seus antecessores juntos. Perda da Petrobrás na Bolívia, Mensalão, apoio político ao finado Hugo Chavez, apoio ao ditador e carrasco Fidel Castro, empréstimos e perdão de dívidas a alguns países. Envio de tropas militares ao Haiti, enfim todo tipo de estrepolia para dar visibilidade externa ao seu governo.
Agora, no governo da presidenta (sic) Dilma, estamos vivendo o caos. E ela só preocupada com os números do Ibope. O movimento popular que tomou conta do Brasil no mês de junho e prossegue até os dias de hoje nos faz crer que tudo está perdido caso não reajamos a esse estado de coisas.
No dia 29/10/2013, o Jornal o Globo publicou um artigo da lavra de Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal, denominado ANOMIA . “Estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social”, assim o dicionário define o termo anomia, cunhado pelo sociólogo Durkheim. Fiquei muito assustado, descrente é o termo correto, pois o rumo que as coisas iam tomando era o prenúncio de mais um golpe de estado a ser executado pelos atuais donos do poder e como justificativa seria o restabelecimento da ordem pública. Mas como nem tudo está perdido, fiquei exultante com a prisão dos arquitetos e executores do mensalão.
Porém a piada da cardiopatia grave do Genoíno, os empregos do Zé Dirceu e do Delúbio e ainda a passividade da Câmara na cassação dos mandatos parlamentares da “bancada da Papuda”, são sinais de que o PT pode estar elaborando o Decreto de Indulto de Natal.
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